Tempo meu, até o instante que eu possa tê-lo,
Tempo teu, de tudo que me foge;
Tempo esse, que por si se faz, perfaz,
Tempo todo que tudo é, e nada é mais.
O telhado desbotado que enxergo,
O vento que sopra e balança a rede vagarosamente,
Os cheiros, o verso sem rima,
O café quase frio de anteontem.
Hoje, dia festivo qualquer.
E a alegria carnavalesca não me alcança;
Um samba cadente quem sabe,
E o direito de ser triste nesses dias alegres.
Não é uma tristeza que doa,
Necessária,talvez; latente.
Uma doação por si,
Embebede-se, ter sede de si, só.
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