
Assistindo ao noticiário matinal, vi uma matéria que me chamou atenção. O tema é batido e não apresenta nada de novo: violência. Porém, acredito que estamos perdendo a capacidade de nos indignar com os bárbaros acontecimentos que já são rotineiros.A reportagem tratava sobre três assassinatos em menos de 24 h. Até aí nenhuma novidade, o número costuma ser sempre maior.
Os crimes, ocorridos no Rio de Janeiro foram gravados por câmeras de segurança e mostravam a frieza dos assassinos ao matarem á queima-roupa suas vitimas.No primeiro caso, eles entraram numa loja de conveniência de um posto de gasolina. O assalto é realizado com sucesso, mas na saída um deles atira e mata a balconista, uma jovem de 20 anos. Sem que a mesma esboce qualquer tipo de reação.No segundo caso, cinco jovens entram em um ônibus de uma linha metropolitana carioca. Realizam o assalto e calmamente se dirigem ao trocador.Mais um tiro á queima-roupa. E mais uma vez, o homem de 29 anos que não havia se quer reagido, é assassinado.No terceiro caso, dois homens numa moto, disparam contra uma loja em pleno horário comercial. Deixando mais uma vítima fatal. Assim, sem mais...Os três crimes ocorreram no Rio, mas poderia ser aqui.
A violência se alastrou de tal maneira que a impressão que tenho é que nunca estamos á salvo. Com vidas se esvaindo tão rotineiramente, estamos também perdendo a nossa capacidade de indignação, de protesto.É como se uma barbaridade superando outra,nos fizesse esquecer da anterior. E assim por diante. A vida humana tem valido pouco no atual mercado do crime. Os bandidos estão blindados e protegidos. Nós, á solta em busca de proteção e sem saber a quem recorrer.
Cesar Teixeira
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