
No dia seguinte da votação em que os ilustríssimos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram pela não obrigatoriedade do diploma para que seja exercida a profissão de jornalista, fui a campo fazer um trabalho para faculdade.
Sim, sou estudante de Jornalismo. E acho um absurdo essa decisão. Com uma boa dose de exagero, a minha opinião é que essa medida é o mesmo que extinguir o diploma para exercer a medicina. Já que de médico e de louco todo mundo tem um pouco.
Um dos argumentos usado é acerca da liberdade de expressão. Em parte, temos isso, já que hoje em dia todos podem ter um blog e outros infinitos espaços para escrever, comunicar e fazer manifestos sócios culturais.
Durante muito tempo, defendi que algumas profissões vêm de berço (talento) e jornalismo era uma delas. Ao entrar no curso percebi que é sim necessário estudo, muito estudo para ser um bom profissional. Uma coisa é um comentarista com outra formação, mas que entende do assunto e escreve bem ou se expressa bem. Outra completamente diferente é o fato de qualquer pessoa poder gerir notícia. Quais os critérios serão adotados para a responsabilidade dos jornalistas não diplomados? Os veículos serão responsáveis pelos conteúdos? Que qualidade técnica terá tais noticias e informações?
Fico surpreso com estupidez dos ministros e suas decisões equivocadas. Aliás, talvez no fundo eles estejam defendendo os interesses próprios. Porque na minha humilde opinião, essa manobra está muito além do interesse coletivo.
O ministro Gilmar Mendes comparou a profissão de jornalista a de cozinheiro. Com todo respeito aos cozinheiros (dos de botequim até os grandes chefs culinários) é óbvio que existe uma diferença imensa. Eu também compararia a profissão do ilustríssimo Ministro a uma que não me saí da cabeça. Liberdade de expressão eu tenho, não é ministro?! Mas tenho também a ética que um jornalista deve ter e isso eu tô aprendendo na faculdade.
Sou contra essa decisão apesar de saber que a capacidade de cada ser humano e talento são itens importantes para ser um bom profissional.
ResponderExcluirMais acredito que o diploma universítário é um item agregador de qualquer profissão de extrema
importância.
Podemos citar aqui vários jornalista com outras formações, Boris casoy (direito), Arnaldo Jabor (direito)e por ai vai, mais a grande diferença é que esse caras possuem além da graduação formação cultural e intelectual privilegiada, diferente de muitos jornalistas da atualidade que precisam dessa formação para competitividade do mercado.
Cesinha muito interessante o que vc escreveu sobre a decisão do STF...realmente é um absurdo e á ai que entra o descaso para com esses profissionais e a desvalorização da profissão. Não sou jornalista mas trabalho no Sindicato e vejo bem de perto a indiguinação da classe. Temos uma campanha muitointeressante a favor do diploma que dizia: VOCÊ LEVARIA SEU FILHO A UM PEDIATRA SEM DIPLOMA? MAS LER NOTICIAS FEITA POR AMADORES ELE PODE......
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