Baleiro

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entre as inúmeras coisas identificáveis que já ouvi, uma delas é que tenho uma multidão dentro de mim.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Vale Quanto Pesa


Quanto você pagaria pela viagem dos seus sonhos? Pelo seu prato preferido? Pela sessão do filme que mais o emocionou ou divertiu? Quanto você estaria disposto a pagar por um momento que já passou? De algo que permanece imaculado na sua cabeça, nas suas lembranças?

Não se trata de saudosismo. Tenho olhado cada vez menos para trás e por razões obvias. Acredito mais no agora. Não que eu tenha esquecido as coisas e pessoas importantes que passaram pela minha vida. Elas coexistem em mim. São hoje, a soma do que sou. As coisas boas e más. As vitórias e derrotas. Os momentos que valeram a pena e os que na época, acreditei que não. Hoje sei, validos ou não, foram necessários, precisos, exatos.

E o ciclo vai aos poucos se completando. Você vai vendo que existe uma força maior percorrendo o nosso dia-a-dia, silenciosamente. Alguns chamam de Deus, outros de uma energia boa, ser superior etc. Não, também não estou falando de religião e sim de tudo aquilo que deságua em nós, humano.

Nesse momento, penso nos desejos que um dia tive e que não os tenho mais. Penso nos que tenho,mas que um dia deixarão de existir,seja por realização ou modificação. A realização é o final de um ciclo de um sonho? Eles envelhecem ou não (os sonhos)? Como é cruel questioná-los! Desejaria que eles fossem todos uma pedra bruta e que o lapidar se fizesse aos poucos. Mas os sonhos vêem prontos, idealizados. É um erro humano ou uma brincadeira divina?

Hoje tenho pensando no ontem como alicerce, base. Escreveria algumas cartas, diria para algumas pessoas o que aprendi depois de termos sido algo: amigos, amantes, cúmplices, apaixonados, irmãos, pais, mães e até alguns desafetos. Terminaria cada carta dizendo que fomos aquilo que podíamos na época. Que as ilusões foram perdidas, que a nossa bagagem nos limitava a ser apenas aquilo, com as maravilhas e os desalentos.

Respondendo as perguntas que começo o texto: a viagem dos meus sonhos ainda serão muitas, nos meus pratos preferidos estão aqueles que ainda não comi. Existem os filmes que quero rever inúmeras vezes, ver tantos outros novos. Os momentos que já passaram vivem dentro de mim em harmonia com o agora . O peso e o valor das coisas se dão pouco a pouco. As vezes,passam até meio desapercebidos, mas prometo ficar atento.Posso perder um detalhe ou outro, é que sou humano demais.

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