Baleiro

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entre as inúmeras coisas identificáveis que já ouvi, uma delas é que tenho uma multidão dentro de mim.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Entre a inquietude e o sonho.



"Espero, tenho fé, que jamais, jamais passarei pela vergonha de me acomodar." Maiakovski

Só a inquietude é capaz de reverter as acomodações humanas. Só essa inquietude é capaz de nos impulsionar, de nos mover e de nos fazer buscar outros horizontes. Do horizonte que me encontro, vejo que ainda existem mundos que estão além.

Mundos esses que muitas vezes me parecem utópicos de tão reais que são. E por tamanha realidade, precisamos recorrer aos sonhos, que também são uma maneira de não comodismo, quando buscamos realizá-los. Um poeta certa vez disse: ”tenho em mim, todos os sonhos do mundo”, porém, não basta tê-los é fundamental que não nos acomodemos a eles e nem os idealizemos. O ideal é realizá-los.

O que eu tenho feito com as minhas inquietações? Os meus sonhos têm me impulsionando? Lanço-me do alto e lá embaixo vejo todos eles, ou parte deles, alguns envelheceram. Desço e os vejo mais de perto. Alguns quase esquecidos, adulterados. Outros novos, recém criados. Todos tão meus, infinitivamente meus, até os que não são mais.

Parte deles, eu. Por eles, aqui. E todo o resto é parte da busca, de uma coisa interna, externa. De onde me lanço e retorno. Lugar que sei de onde vir, pra onde quero ir, chegar. E tem dias que há o desejo de lugar nenhum, de nada ser. Outros, a urgência de estar, de fazer e ser parte.

Tem os dias que o mundo me cansa extremamente. Em que eu me canso de mim, dos meus ideais, dos meus domingos. Dias em que todos os dias parecem domingos. Mas aí penso que existem os sonhos e a não acomodação e resta a crença e a vontade de que tudo dê certo.

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