Baleiro

Minha foto
Fortaleza, Ceará, Brazil
entre as inúmeras coisas identificáveis que já ouvi, uma delas é que tenho uma multidão dentro de mim.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Essências


Tento caber numa canção que me enche de melancolia. Ela parece maior do eu. Por segundos, acredito que ela me domina entre letra e melodia. E eu fico entre espasmos de lembranças, cheiros, momentos, passado.

Tento mergulhar num cheiro que me impregnou a alma. Ele parece mais intenso do que eu. Por instantes, acredito que ele me domina entre a pele e o exalar. E fico entre as glórias e os desafetos de alguns momentos.

Tento caber no mundo. Às vezes, no meu próprio. Mundos,verdades, teorias e tudo se multiplica. Quem somos depois de nós mesmos? A soma de tudo em volta, os outros, o tempo e nada mais é tão seguro. Nada é seguro quando se vive. Vivemos o perigo se conjugamos o verbo viver. Não sei se o conjugo bem, as vezes tropeço adjetivando outras coisas.

É que desde cedo nos explicam o que é bom e o que é mal. Conceitos, alguns reais,ideologias e meias verdades. Nenhuma é absoluta. Então, tudo se subtraí.

Nos perdemos e nos achamos inúmeras vezes. Canções se repetem e cheiros também.Lembra-nos quem fomos, como fomos e o que nos tornamos. Se for tudo cíclico,deve-se ousar. Sem ousadia, o terror da melancolia nos invade e somos somente tomados por episódios que não regressam. O que queremos algumas vezes, é somente não pertencer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário