
Nestes últimos dias tenho pensando muito sobre sonhos. Aliás, tenho me deparado com questões que os envolvem diretamente. Entre os sonhos quando dormimos e aqueles que são acordados existe um fio que os conduz: pessoas.
Sim, somos nós os detentores diretos e indiretos dos nossos sonhos. Sejam eles conscientes ou subconscientes, conseqüentes ou inconseqüentes, eles existem como parte de nós. Certa vez, uma amiga disse que o maior desejo da sua vida era dançar um tango em Buenos Aires. Fiquei pensando nisso e imaginei quantas pessoas já foram lá e não dançaram um tango (não desejavam). Mas ela, me transmitia uma paixão que refletia no brilho dos seus olhos. Neste dia, havia recebido dois cartões-postais de lá.
Outros tantos desejos realizáveis que já me relataram se aproxima do surreal. Outros de tão próximo nem me parecem “sonhos”. Mas são. Todos são.Independe do grau de dificuldade que encontram.
Hoje, mais um amigo falava de escolhas. De vida e tudo em sua volta que um dia foi um sonho, depois um plano, e hoje,a dificuldade de executá-lo. Sim, porque existem alguns que são cíclicos. O dele é. Fiquei atento e lembrei de que há dias o fio condutor dos meus desejos me rege. Aliás, há anos. Falo pouco sobre eles, mas penso muito. Busco realizá-los, sem agressividade que talvez devesse ter,mas com um empenho de quem aprende. Com a calma de quem tenta tirar do silêncio a essência das coisas. Com a paciência, às vezes,inquietante de quem espera.
De toda essa reflexão fica uma certeza: respeito aos sonhos alheios. Eles são imensuráveis por conter histórias de vida. Depositamos muitas coisas neles, às vezes, nos serve como norte, como meta, como fuga. Seja como for e para que for, é algo intrínseco a nós. Desde que nos entendemos por gente,eles existem. Podem até ser mutáveis, mas nos acompanham vida a fora.
Do seu baleiro, essas foram as palavras mais saborosas que já provei. Aqueles postais são para minha alma como uma janela... E ela sempre dança ao vê-los. vou morrer respeitando isso!
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