
Incide em mim pensamentos que me embalam a mente. Sensações que me embebedam a alma. Idéias e partículas expostas como uma ferida aberta, um corte sangrando. Tudo isso existe de fora pra dentro. Trouxe outros mundos para dentro de mim, assim, como talvez deva ser. Não por cristianismo, mas por humanismo. Sim, por ser gente e estar vivo, pulsando. Por ser mutante, sempre estreante e por não ter medo de chuva. Ela molha e pode nos lavar a alma num dia cansado.
Queria um desaguar em mim. Queria que palavras involuntárias me invadisse, que a voz de quem bem disse, me trouxesse uma clareza para amenizar uma pequena dor que está. Queria além do café amargo, saborear o aroma que as composições fortes têm. Queria ter por ventura, outras vidas. Por isso, recorro a escrita. Aqui, onde só serei interrompido pela ausência de inspiração. Um ensaísta que às vezes recorre a textos pensados ou vindos do desejo infinito dos que vivem.
Neste momento chove por dentro. Existe um desaguar dentro de mim. Pensamentos se misturam e pessoas também. Todas que cabem dentro do meu universo de limitações. Todas que por essência estão. Algumas absorvidas e outras aspiradas pelos poros desatentos. Nem tudo deveria caber, nem tudo poderia ser. Mas os lamentos são em vão e requer tempo e o tempo que é fugaz pode ser outro.
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