
Gosto de janelas.De aeroportos, estradas, rodoviárias, do céu e do mar. Eles me dão a sensação de possibilidades, de mudanças, de outras nuances e cores. Já reparou que até mesmo no quadrado da janela a perspectiva faz toda diferença?!
Podemos olhar pelo lado esquerdo, direito, de cima pra baixo. Mudar a angulação no mesmo foco. Teremos inúmeros formatos de um mesmo “cenário”, teremos variações de cores e descobertas interessantes.
Podemos olhar pelo lado esquerdo, direito, de cima pra baixo. Mudar a angulação no mesmo foco. Teremos inúmeros formatos de um mesmo “cenário”, teremos variações de cores e descobertas interessantes.
Da minha janela hoje, vejo um dia de sol. Vejo um mundo que não pára acenando isso o tempo todo. Penso nos meus planos,nos filmes que ainda não fiz e nas coisas que ainda não conheci e nem vivi. Confesso que hoje, especialmente hoje, sinto-me imaturo diante da vida. Queria escrever um poema. Compor uma música. Escrever uma peça. Plantar um filho, criar uma árvore.Queria algo relevante para hoje. Sim, pra já! Imediatismo, o agora, o momento.Queria que o sol que me faz olhar para ele com vista miúda, desse vazão a uma forte chuva de fim de tarde. Queria que água escorresse entre os ralos da cidade grande os meus questionamentos pequenos.
Hoje, queria poder não estar. Poder não ser e me perder por entre pessoas, ir pelo mundo. Ver o mar.Ir a um aeroporto ou a uma rodoviária. Conhecer o novo. Traçar uma aventura nova e humana e me encontrar por entre os descaminhos que o acaso nos leva. Clarice certa vez disse: “LIBERDADE É POUCO, O QUE DESEJO AINDA NÃO TEM NOME”. A sensação é essa. O que quero talvez ainda não tenha nome. Talvez eu ainda não saiba.
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