
Tenho pensado muito sobre a vida e os seus infinitos aspectos. Tenho pensado em pessoas e nas suas inúmeras maneiras de encarar a vida. Tenho pensado no tempo e na sua representatividade. Tenho imaginado que a vida é o tempo. E que esse tempo só pode ser agora.
As pessoas transitam umas nas vidas dos outros. E as histórias se fundem, se enlaçam. Existem os belos encontros que mais parecem danças ensaiadas, existem os fundamentais e também os desnecessários. Celebremos todos, cada um, á sua maneira tem a sua devida (des) importância.
O passar dos anos me deu a maturidade de aceitar os encontros que considero desnecessários. Uma boa dose de força para compreender os fundamentais e festejar os que me pareceram ensaiados. Existem ótimos ensaios, outros criamos, (re) inventamos.
Existem pessoas que são essenciais em determinados momentos. Pessoas que duram uns dias, alguns meses, anos. Existem pessoas para uma vida toda. Para o dia, para a noite. E dentro das nossas vidas existem as vidas delas. Suas alegrias, ambições e tristezas, seus desejos.
Existem também os nossos desejos. Um fio nos liga: o cotidiano. E se a vontade nos move, os fatos alteram o sentido das coisas e até os nossos próprios sentimentos. Em algum canto sempre me encontro comigo mesmo, porém, antes preciso passar por uma galeria de “gentes” que de alguma maneira me foram (são) essências.
Sempre preciso olhá-las nos olhos para lembrar quem sou. Olhos de aprovação, de dúvida, reprovação. É que todos eles também têm seus próprios aspectos e fazem seus próprios julgamentos. Ninguém que passou por mim foi criado para ser um coadjuvante meu. Apesar de tentar protagonizar a vida que me cabe, sei que muitas vezes nos sobra um papel secundário. O resto é só vaidade!
Se a vida fosse uma grande encenação eu seria um ator realista ou um sonhador? Filosofaria questões e assuntos meramente meus diante dos demais? Usaria das palavras, usurparia vidas para contar uma estória inventada? Um possível autor pode tentar protagonizar uma vida de elos e ligações? Momentos e ápices, repetições, inovações. A vida que segue entre o tempo e os acontecimentos.
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