Baleiro

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entre as inúmeras coisas identificáveis que já ouvi, uma delas é que tenho uma multidão dentro de mim.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Eu e o mundo.com


Vejo uma geração cada vez mais ansiosa. Esses novos meios e mídias são em parte, os grandes responsáveis por isso. Eu vivi meios que hoje em dia, podemos considerar peças de Museu ou coisas ultrapassadas. Exagero? Vamos lá...
Fiz curso de datilografia, esperava o carteiro ansiosamente, esperava o domingo para fazer ligações interurbanas e tentava não ficar muito tempo pendurado no fone por causa dos pulsos que eram cobrados nas ligações locais, tudo isso originado de um telefone fixo.

Computador era coisa de filme futurista. Não tínhamos mensagens instantâneas, nem por Messenger, nem celular. Com tudo isso, acredito que a minha geração era mais saudável mentalmente. Naquela época, ainda existiam os encontros despretensiosos, ainda mais no céu de uma cidade de interior.

As coisas sempre chegavam com um atraso considerável. Tinha os dias certos das revistas chegarem às bancas de jornal. Diferente de hoje, que simultaneamente o mundo divide todas as informações, compartilha imagens e pode-se ler uma revista/jornal de qualquer parte do mundo (desde que se compreenda a língua).

Nos dias de hoje, vivemos atrasados ou apressados. O celular não pode parar de tocar nem ser desligado em locais que sequer deviam entrar (cinemas, teatros). Somos monitorados de alguma forma o tempo inteiro. As câmeras estão por toda parte. Um big brother a céu aberto, um mundo de informações dentro do nosso mundo e do mundo alheio. Tudo acontecendo agora e ao mesmo tempo. Nos tornamos a cada segundo mais imediatistas.

A quantidade devastadora de novidades e informações nos vêem das mais diversas partes. Somo tomados virtualmente, invadidos pelos celulares, pelos nossos perfis espalhados numa grande rede mundial. Claro, que não sou jurássico e tenho perfis no Orkut, Face book, abri uma conta no Twitter, tenho MSN, e claro, celular (es). Tenho aos poucos, conseguido me inserir nesse mundo cheio de maravilhas e de urgências fabricadas.

Confesso que, por ter vivido a calmaria da rede na varanda e a velocidade virtual esmagadora dos dias atuais, existem dias que tudo que desejo é deitar numa rede, pegar um bom livro impresso, desligar celulares e derivados e pensar menos sobre tudo isso.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Pelo post pq sabemos que de alguma maneira estamos adaptados a este sistema mais é sempre
    lembrar da calmaria dos velhos tempos para não nos tornamos prisioneiros dessa correria da vida
    atual.

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  3. É impressionante como tudo hoje acontece virtualmente.Conhecemos até pessoas que nunca vimos antes e com quem nunca tivemos contato. É o mundo virtual é maravilhoso porém muito perigoso também. Adorei o texto, voce está de parabéns e estou aqui torcendo pra saia logo seu livro..Grande abraço

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