
Á vida, a vida. Apresento-lhes os personagens, travestidos de si e de outros. Alheios a si, aos outros, entre eles, além deles. Apresento-lhes tudo aquilo que me comove e tudo aquilo que sou capaz de abstrair.
Abstrato, abastardo de um eu de ontem e de um hoje renovável. Onde sei, já é futuro! Eu apenas quis lhe dizer, mas a incompreensão foi uma bola de fogo num céu que era azul. Eu te ouvi atentamente, mas também fui incapaz de compreender. Eram outros tempos e eu pensava que fosse tão maduro. Hoje eu recorro ao que me é essencial, apenas de lá eu consigo encontrar a verdade. E às vezes, ela está contida em locais que são infantis, maturidade talvez seja isso, aceitar o que apenas é.
Eu tento apenas ser. E é muito, acreditem. É que tudo aquilo que é originalmente meu, com o tempo sofreram alterações vindas pelas mãos, salivas e gosto de outros. O rompante se deu ainda como embrião, os desejos eram da minha mãe. E um dia, eu quis criar cavalos marinhos.
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