Baleiro

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entre as inúmeras coisas identificáveis que já ouvi, uma delas é que tenho uma multidão dentro de mim.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Quase Humano



Existe uma fábula interessante no filme “Cidade dos Anjos”, o personagem de Nicolas Cage, o anjo Seth, depois de se apaixonar por uma humana precisa se jogar do alto, e assim, tornar-se humano. Depois disso, vira um mortal e passa a correr riscos como nós.

Não somos anjos, mas sempre que nos lançamos nos tornamos mais humanos. Sempre que resolvemos nos jogar em algo, corremos riscos, vivemos em perigo. Existe um mundo de possibilidades e a descoberta delas, só é possível quando sentimos o vento contra o rosto.

Perdi a conta de quantas vezes me joguei de lugares altos, de penhascos e até precipícios. Perdi a conta de todas as vezes que senti lágrimas umedecendo o meu rosto, o sorriso e o franzir da testa. Assim como no filme, depois de se jogar não existe mais volta. Nunca mais voltamos a ser anjo.

O perigo de ser anjo para sempre é não conhecer alguns (des) prazeres da vida. Eles vêm sempre que optamos por viver. Ler a respeito, pedir para que alguém descreva sensações pode até ser interessante. Porém, não existe nada mais mágico do que o vivenciar, do que sentir e deixar que os desejos aos poucos aflorem.

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