A sensação de que o tempo está passando mais rápido virou senso comum. É como se o tempo tivesse encurtado e vida tornado- se cada vez mais, agora. O instante, o exato momento e a cronologia das coisas e pessoas.
Lembro que um dia, tive medo do ano 2000 e toda mitologia que acompanhava essa data. Mais de uma década se passou. Mudanças? Muitas! Estamos cada vez mais conectados, temos como aliados um monte de apetrechos tecnológicos e meios de interação que nos deixa ligados o tempo inteiro.
Fiz amizades virtuais, conheci um universo possível e compartilho com amigos novos e de longas datas acontecimentos e momentos, tudo numa questão de segundos. O mundo que está à nossa volta é wifi, é instantâneo e é para já.
Com todas essas possibilidades, fiquei pensando se não desperdiçamos muito tempo sendo “virtuais” demais. Existe um duelo que é dado no exato momento dos acontecimentos, como se obrigatoriamente, ele tivesse que existir além do real.
Necessidade que o momento se torne possível em 140 caracteres, “no que você está pensando” e em outras redes sociais que existem. O compartilhar é interessante, só precisamos nos dar conta de que (nem) tudo cabe nesse universo instantâneo e efêmero.
Existem momentos e coisas que a nossa vontade é dividir com o mundo. Rompantes de alegria, tristeza, chateação ou mesmo situações cotidianas. Os sabores andam alterados, é preciso que o nosso paladar seja mais apurado para degustá-los. Nem tudo é tão real quanto parece no virtual.
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