Desisti de uma viagem na véspera,
mudei o itinerário e refiz o meu roteiro. Sem planos e nem porquês. Não sei se
foi intuição, mas, sei que foi algo passional e que a razão precisaria de muito
tempo para compreender.
Escrevo agora porque tenho uma
pequena compreensão do que aconteceu: essa é uma viagem de dentro para fora e não
de fora para dentro. O lugar novo me faria olhar para o externo, mas, o fato é
que a viagem buscava olhar para o interno.
Escolhi dos destinos que eu já conhecia,
dois lugares que tenho diferentes afinidades. Dois mundos que interagiram com o
meu e aos poucos e fui vivendo parte do dia a dia desses lugares. Com o olhar tímido
e pouco curioso, a viagem carecia de um olhar voraz por dentro.
Precisava sair do turbilhão de
coisas e pessoas que o cotidiano não nos deixa. Óbvio, que não consegui me
desligar da minha vida rotineira e pessoas que fazem parte dela, nem gostaria
que isso acontecesse. É que às vezes, é preciso distanciamento para que haja
compreensão.
Tempos de reafirmação,
reformulação e busca por serenidade. Não se trata de uma viagem espiritual,
aliás, talvez sim. Visitei templos como salas de cinema e belas paisagens
esculpidas pela natureza, lugares que me conectam a outras pessoas e vidas,
necessário para que exista uma pequena compreensão de nós mesmos.
As férias estão quase no fim e um
mundo se abre a partir de agora, é momento de transformar pensamentos e
inquietudes em ação. Momento oportuno de recriar sentimentos e reafirmar
vontades. É chegada a hora de colocar em prática o que nos ensina uma viagem
para dentro de nós...
Lindo isso, César...
ResponderExcluirO que trouxeste na mala, além das mudanças e lembranças????
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