Baleiro

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entre as inúmeras coisas identificáveis que já ouvi, uma delas é que tenho uma multidão dentro de mim.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dominical




A escrita me “salvou” diversas vezes. Um número que a minha lógica não alcança e que eu não sou capaz de multiplicar. Textos e pequenos escritos de toda espécie: clichês, repetitivos, cotidianos e às vezes, surpreendentes. Assim como a vida.

Um cappuccino... pessoas em volta  e os meus olhos não conseguiam repousar em nada e nem em outros. Não existia identificação nenhuma naquele final de tarde de domingo, existia forte ausência, talvez, até de mim mesmo. Pensei mecanicamente em escrever algo, mas não sabia sobre o quê ou quem.

Sobre o domingo ou sobre mim?Não, eu não sei. Queria ser um polvo e que meus tentáculos fossem frases ou palavras que conseguissem chegar a algum lugar. Tocasse, pelo menos, a mim. O sentimento daquele momento era a falta de essência, de sentido e sentimentos.

Decididamente os sentimentos de domingo (ou suas ausências) não devem ser levados a sério. Eles são sempre potencializados e tem potencial para nos levar para repetições ou locais desconhecidos. Já vivi diversos sentimentos de domingo em outros dias da semana e eles são traiçoeiros até mesmo em dia de feira.

Calhou de hoje ser domingo, de eu sentir a mecânica e a vontade da escrita, unicamente para ser salvo do marasmo que me invadiu a alma e da certeza de que não devemos levar a sério os sentimentos de domingo.

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