O MEU SONHO É SER STAR Fabricou-se
um ídolo agora mesmo. Sem muito talento, convenhamos. Mas, ele tem carisma (leia-se
frases feitas e uma espontaneidade pré- fabricada para ser aceito). A sua arte
é pífia, mas ele tem potencial de venda e audiência.
Os contratos já estão sendo
rodados e logo, ele vai aparecer em rede nacional. Será ovacionado em programas
de auditório, fará capas de revistas e todos falarão da ascensão de um novo
artista. Dará entrevistas e repetirá mais de uma dúzia de clichês, todos
ensaiados.
São tempos midiáticos e mais vale
uma imagem e se ela for reproduzida e compartilhada à exaustão, teremos uma
celebridade instantânea que busca o “seu lugar ao sol”.Que calor ingrato
irradia a falta de talento, pode até cegar de tanto clarão.
A música que toca no rádio repete
o refrão e rimas pobres. Atuações forçadas e repetições de rostos na tela. Surgem
novas “namoradinhas do Brasil”, artistas que devemos amar pelas dificuldades
superadas e todos artisticamente equivocados. Superaram barreiras e esqueceram
o principal: talento.
A arte é identificação. É uma
maneira de se ver através de um texto, música, filme e outras obras artísticas.
Costumo duvidar do que nos é oferecido gratuitamente e temos um extenso cardápio.
Cansaço mental das coisas que querem evitar que eu pense,sinta e queira saber
mais.
Podemos repetir clichês, se reinventar,
recriar. Para isso, é preciso base, conhecimento e uma pitada de talento. Para
desfazer, desafiar e tocar além de números e aparições é preciso ir além. Que
venha o novo, que os nossos ídolos que hoje são os mesmos, continuem a ser renovados.
O que me instiga geralmente é de tempos atrás. A tecnologia excessiva me faz
olhar para trás e ver maravilhas já realizadas. Sim, que venha o novo e que
possamos ser instigados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário