É secular a tentativa do homem em descortinar e definir o que é amor. A ciência, as artes, a religião e a sociedade de maneira geral exprimem suas ideias através de conceitos. Terá sido em vão tantos adjetivos, pesquisas e vivências? Óbvio que não.
Mas o AMOR, o que dizer desse sentimento que move pessoas em qualquer lugar do mundo? Que nos torna contraditório, feliz, passional, dependente, estúpido, melhor, pior... É tudo um mero reflexo do que o ser amado corresponde ao sentimento atribuído, do que absorvemos.
Já na infância somos tomados pela fantasia dos amores perfeitos e das idealizações.
No meu caso, idealizei todas as minhas primeiras incursões do que chamei de “amor”.
O resultado do que é idealizado é certamente a frustração. Sim, tive as minhas, suficientes para que eu possa compreender que o amor não se restringe a regras e estereótipos que insistimos em conceber.
Muito se discute a respeito, seja musicalmente, através de imagens ou textos. Existe a definição “trivial” e meio clichê da sua representatividade. Existe a definição das novas maneiras de amar em suas nuances pós modernas. Eu já me aventurei em rotulá-lo e hoje, prefiro senti-lo, seja vivenciando ou o ouvindo,saber que ele existe e que pode durar.
Eterno enquanto dure como já foi poetizado. Que dure o tempo que possa ser. O tempo de uma noite, de um mês, um ano, uma década ou quem sabe uma vida. Esqueçamos todas as fantasias juvenis que um dia nos fizeram acreditar. Porque o amor é capaz de nos levar por caminhos obscuros, é capaz de nos fazer mentir, dissimular e até mesmo renegá-lo. O amor vem acompanhado com outros inúmeros sentimentos e isso, de cara, já não o faz puro. Além do mais, existe o ser, que criado em vivências, carrega consigo uma dualidade infinita de quereres, razões e outros porquês.
Se acredito na força do amor? Claro que sim, considero-me inclusive um romântico e entusiasta desse nobre sentimento. Mas o tempo me fez perceber que ele também é contraditório e vaidoso, assim como nós, que tentamos controlá-lo. O amor se manifesta a cada instante em que acreditamos nas possibilidades e seguimos em frente. A crença no outro é uma maneira de amar.
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