Baleiro

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entre as inúmeras coisas identificáveis que já ouvi, uma delas é que tenho uma multidão dentro de mim.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Coisas que estão nas listas.



Houve uma época que eu escrevia poesias, muitas e aonde quer que fosse. Desde cadernos até guardanapos em mesas de bar. Por um tempo eu pensava e sofria poeticamente. Uma vez, alguém que leu os meus escritos comparou o meu texto aos de Flor Bela Espanca. O curioso de tudo isso é que nunca havia lido nada dela. E o pior, até hoje ainda não li.

Não é raro em conversas informais sobre cinema, teatro, música e literatura eu ser indagado sobre algum autor ou obra que ainda não vi. Não me envergonho em dizer: “não conheço” ou “ainda não vi”. Mas o interessante é a certeza que alguns têm ao afirmar “você tem que ver é a sua cara”. Isso acontece com muita freqüência e a vontade de conhecer só aumenta, ainda mais quando se trata de pessoas que sabem sobre o meu gosto cultural.

Pois bem, estava pensando nas inúmeras vezes que isso ocorreu e cheguei a uma conclusão: tenho uma vasta lista de coisas que quero conhecer. Algumas por identificação e outras por indicação. Então, tenho duas listas: uma pessoal e outra alheia. Com qual me identificarei mais?

Porque existe o que já conhecemos, as coisas que nos condicionamos a gostar. Os estilos parecidos e tudo mais que seja semelhante. Assim como eu, creio que a maioria das pessoas tem os seus estilos culturais particulares. Isso de certa forma acaba nos restringindo se não tivermos a mente aberta para o novo ou desconhecido, seja uma novidade ou algo que já exista há séculos. O fato é que o novo pode ser velho e vive versa.

Entre velharias e novidades, passeio mentalmente entre essas duas listas (extensas). Existe uma avidez em conhecer, saber mais e ter mais tempo para tudo isso. Existe o desejo de busca e numa multiplicação matemática, a certeza que existe um número que não se pode multiplicar e que não para nunca. Assim é a multiplicação do conhecimento e da cultura, assim é o meu desejo de conhecimento, multiplicável por um valor inalcançável.

Quero muito em breve ler Flor Bela Espanca,Hilda Hist e mais sobre Caio Fernando Abreu. Quero conhecer melhor o cinema clássico francês. Quero saber mais sobre a música popular e suas raízes. Quero me aproximar o máximo possível das listas: a minha e a dos outros.

P.S: Em breve escreverei as prioridades das duas listas, no melhor estilo “coisas para conhecer antes de morrer”.

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