Baleiro

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entre as inúmeras coisas identificáveis que já ouvi, uma delas é que tenho uma multidão dentro de mim.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Nostalgia e vivências.



Não sei se a saudade aprisiona ou liberta. Atire a primeira pedra quem nunca a sentiu, de algo, alguma coisa ou alguém. Saudade é um sentimento que por muito pouco não podemos tocar, tem cheiro, tem voz, imagens e nos traz sensações que nos aproxima do ser ou daquilo que nos traz nostalgia.

Como todo e qualquer sentimento é controverso, pode alienar e impulsionar. Pode nos fazer parar no tempo e olhar para trás, enquanto isso, a vida vai percorrendo e nós, atropelamos oportunidades de criar saudades futuras. Já ouvi declarações (e senti) de quanto esse sentimento dói, de quão é bom senti-lo, demonstra assim, a certeza de ter realmente vivido.

Mas há aqueles que sentem saudade do que não viveram. Sentem profundamente a impossibilidade do que um dia foi possível e desperdiçaram. É típico de nós, humanos focarmos a vida no passado ou na possibilidade de futuro. Eis que a vida é agora e a preservação de alguns sentimentos são fundamentais para a nossa essência, para o que de fato, nos é intrínseco.

Tem dias que sinto saudades inexplicáveis e uma nostalgia de coisas que eu não vivi, isso me arrebata o peito e dilacera parte da alma.Tem dias que é preciso sangrar para que exista a compreensão alheia e própria. De todas as saudades, a que me dá medo é a de sentir saudade do que um dia fui. Enquanto eu senti falta de pessoas e coisas que fazem (fizeram) parte da minha vida, é sinal de que apesar das mudanças, a essência permanece inalterada.

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