Baleiro

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entre as inúmeras coisas identificáveis que já ouvi, uma delas é que tenho uma multidão dentro de mim.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Chá.






O amor é mutável, tanto na interpretação quanto no sentir. O amor muda ou somos nós? Ou muda a quem dedicamos o sentimento? Quantas teorias já ouvimos, canções, interpretações, versões e tantas outras manifestações. Infinitas, incontáveis, absurdas e coerentes.

Cresci acreditando no amor folhetinesco, daqueles guiados pelos arroubos de passionalidade sempre à flor da pele. Culpa da literatura, das telenovelas e do cinema. O sentimento rei não podia ser em momento algum cotidiano, desnudo. Ele tinha a urgência em ser pulsante, inebriante e outra série de adjetivos que o mitificasse.

Eu, no auge das minhas ideias juvenis, passei q questionar todo amor que assim não fosse. E por tantas vezes, confabulei como seria o ideal. Era um sentimento que vinha de fora. Ouvia falar, lia a respeito,assistia, era apenas ficcional. Mas só com o tempo compreendi isso.

O amor para senti-lo em sua plenitude está, além disso, ou aquém. Ele pode ser cotidiano, sem as nuances cinematográficas, sem o tempo perfeito e os desencontros ensaiados. Descobri que existem outras possibilidades e que o amor pode ser demonstrado no cuidado com o outro, ou numa simples xícara de chá.

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