Baleiro

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entre as inúmeras coisas identificáveis que já ouvi, uma delas é que tenho uma multidão dentro de mim.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Quase eterno.




Capturamos momentos, somos câmeras atentas e fotografamos olhares com perfeição. Á flor da pele, o nosso olfato nos traz em segundos, momentos. Quantas foram as vezes em  que fomos e somos remetidos a outrora.

O instante eternizado por um olhar, toque, cheiro e som. Tudo isso traz e é vivo, vida. Pensei em coisas e pessoas, na infinidade de referências (ou a falta delas) que cada uma tem. Tem coisas que são maiores do que a pessoa, porque também tem isso, às vezes, o que nos difunde é maior do que nós.

Hoje, por exemplo, uma canção de Nina Simone me trouxe alguém para próximo. Trouxe um momento, um som e uma fala. É disso que falo, de coisas vividas e que permanecem e que o tempo é incapaz de nos roubar.

Tem um trecho de uma música de Otto em que ele diz que “Instantes acabam a eternidade”, esses instantes também são capazes de construir a nossa “eternidade”. Vivemos de efemeridades e coisas que perduram, de cotidianos que no meio de uma tarde, na tarde de uma noite ou numa manhã qualquer, nos arrebata.

Eu trago comigo um arsenal de efemeridades que irão perdurar, de instantes que justificam os cotidianos e as chateações diárias. Penso em alguns momentos e sei o quanto eles foram/são essenciais, necessários. Tem erros e acertos, porque de fato, eu sei que os preciso e não sei qual a proporção disso tudo.

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