Baleiro

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Fortaleza, Ceará, Brazil
entre as inúmeras coisas identificáveis que já ouvi, uma delas é que tenho uma multidão dentro de mim.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Respeitável Público...






Fui a uma matinê circense ontem. Aquelas de fim de tarde de domingo e devo ter voltado no tempo umas duas décadas. Encantamento, nostalgia e emoção, envolto em sentimentos à flor da pele, do riso às lágrimas.

O circo virou uma grande tela, em volta não tinha lona, mas tinha uma platéia receptiva e aparentemente, envolvida no espetáculo que é  "O Palhaço”, o novo longa metragem de Selton Mello.

Particularmente, o circo, é uma das referências da minha infância. Como sou do interior, cada vez que os artistas itinerantes desembarcavam na minha cidade, era uma atração. Próximo a minha casa, tinha um terreno baldio que abrigava circos e parques de diversão. Eu sempre preferi o circo.

Achava aquele universo fantástico! Os números e a possibilidade de não pertencer a lugar nenhum, de conhecer o “mundo”, e ainda, ser artista. Por muitos anos, desejei fugir com o circo, mas, nunca o fiz.

Das lembranças que trago comigo, das minhas observações infantis, o diretor do filme, conseguiu retratar com poesia e maestria esse universo mambembe e cheio de encanto. Cresci e parte dessa magia se perdeu, ficar adulto é meio isso, não ter o riso tão fácil e sincero como o de uma criança e também sei, o quão difícil é a vida dos artistas, ainda mais os de circo.

O filme “O Palhaço” é um convite aos bastidores circenses. É a singeleza de uma piada batida, a repetição da mesma e do riso. É o mambembe, o profissional e o amador. É o amor pela arte e a necessidade de continuar sempre. Porque como já ouvimos à exaustão, o espetáculo não pode parar...


trailer do filme "O Palhaço" de Selton Mello




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