Em algum texto anterior, escrevi
que sou da época em que se esperava o carteiro ansiosamente. Do tempo em que as
ligações, geralmente, eram feitas no final de semana para ter desconto nas
chamadas.
Não sei se pela dificuldade das
comunicações, o pouco tempo rendia mais do que o excesso de possibilidades que
temos hoje em dia. Não chega a ser uma reclamação, mas, uma constatação dos
tempos modernos. É como se nós, tivéssemos a obrigação de estar sempre
conectados, online.
Vejo (e me incluo nisso) as
pessoas mais ansiosas, mais dependentes dos apetrechos eletrônicos. Dividimos a
realidade com o mundo virtual. As conversas pela digitação. O olho no olho pela tela. E tudo passa a ser meio mecânico. A vida paralela e virtual, talvez
exija mais do que a vida real. E o agora, como fica? As relações tendem a ficar
mais superficiais, pois todos nós temos em mãos, subterfúgios.
Lembrei das longas cartas e das
conversas demoradas, sem urgências e com entrega. Lembrei de ontem que aguardava
um sms/email e a resposta chegou rápido. Lembro da euforia que era uma ligação
de fim de semana e da facilidade que é atualmente ouvir, ver e falar.
São outros tempos, eu bem sei.
Cada um à sua maneira, cada tempo com a sua magia e certamente, maravilhas que
serão substituíveis, mas não esquecíveis. E logo mais, quais serão os caminhos da
comunicação entre os homens?
P.S: esse vídeo abaixo, está circulando na internet e são situações corriqueiras nos dias atuais. Que a máquina seja um aliado e não um substituto.
César, sou desse tempo tecnológico em que a primeira ação do dia é checar as mensagens do e-mail, e começar a interagir nas redes sociais. Mas ainda sim, também sinto falta dessa espera pelas palavras escritas. Trocava cartas na época da escola com amigas que via todo dia, pelo simples prazer de escrever. E também fico me perguntando quais caminhos a comunicação irá tomar! Conheci seu blog através da indicação do Maiso e agora vou ficar acompanhando!
ResponderExcluirQue bom! Espero que goste do "Baleiro", sempre que possível, atualizo. Também me incluo nessas ações interativas que a internet nos possibilita.Mas, mantenho uma memória afetiva forte de coisas que não são mais tão usuais.
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